terça-feira, 18 de agosto de 2015

Arquivo S: Matrix

Vamos fingir que hoje é segunda-feira e que tá tudo certo com a resenha.
 Eu fui provavelmente a última pessoa a assistir Matrix na história do universo. É lógico que, como todo mundo que tá vivo no século XXI, eu já tinha ouvido falar do filme mil vezes, mas nunca tive tanto interesse. Sou meio lenta pra assistir filme de ação porque sempre acontece tudo muito rápido e fico confusa - sério!! Até com livro fico meio agoniada porque não consigo entender. -, então nunca tive muita vontade de assistir.
 Só que, para a minha felicidade, ontem o meu professor passou o filme na sala e eu pude me apaixonar por essa história maravilhosa e perceber que com certeza deveria ter assistido bem antes.

ROTEIRO
 O filme fala sobre A Matrix que é, basicamente, um sistema que compõe tudo que está a nossa volta. É como se tudo fosse uma ilusão criada para escravizar a raça humana e usá-la para conseguir energia. Ou seja, enquanto você lê isso você está sentado numa cadeira que não existe e poderia estar comendo uma pizza que não existe ou nadando numa piscina que, adivinha? Não existe.
 Só que uma profecia fala sobre um cara que vai conseguir acabar com tudo isso e salvar a raça humana. E, logicamente, achar o dito cujo é a maior missão do grupo de resistência que, após ingerir uma pílula, consegue ver a realidade.
 É aí que entra Thomas Anderson, um programador que recebe o nome de Neo quando está online e que pode ser o Escolhido para libertar os humanos.
FOTOGRAFIA
 A fotografia desse filme é maravilhosa. Fiquei apaixonada pelos enquadramentos incomuns que eles usaram, junto com uns slow motions muito legais que deram uma noção incrível do que estava acontecendo.
 Se eu costumo ficar incomodada com as cenas de ação, nesse filme, fiquei encantada por elas porque eram montadas de uma forma incrível. Foi uma mistura de slow motions com cenas com plano de detalhes (aquelas nas quais o foco é um detalhe) que funcionou super bem e fez com quem até quem tem mais dificuldade de acompanhar esse tipo de cena - como a que vos fala - consiga entender bem o que está acontecendo.
 Os efeitos especiais também são incríveis e não são esquisitos nem parecem destoantes como acontecem muitas vezes. Eles condizem com o que está acontecendo e foram colocados sem exageros.
DESENVOLVIMENTO DA HISTÓRIA
 Senti falta de saber um pouquinho mais dos outros personagens. Aliás, de todos porque, na verdade, a gente mal sabe sobre o Neo, que é em torno de quem a história gira. Sei que isso não era o foco, mas não fazia mal, né? Gosto de ter a noção de que conheço os personagens, gosto de ficar torcendo e chorando e gritando, mas não senti muito isso com esse filme.
 Morri de preguiça do romance. Achei tão sem graça e desnecessário, sério. Sei que tem outros dois filmes, então espero que nos próximos ele seja ou um pouquinho mais desenvolvido ou acabado de vez porque foi bem chatinho.
 Uma coisa que me deixou encantada foi a habilidade dos diretores manterem o público entretido por 2 horas e meia. Não é o filme mais longo do mundo, mas também tem mais do que a duração média, então acho que é meio desafiador não deixar o espectador cansado. Mesmo assim, eles conseguiram deixar todo mundo atento e curioso.
OPINIÃO FINAL
 Já deu pra ver que fiquei bem apaixonada, mas vou reafirmar isso só pra não deixar dúvidas: estou apaixonada. Achei que o balanço dos questionamentos filosóficos com a ação e a ficção científica funcionou muito bem, foi tudo bem dosado e funcionou maravilhosamente.
 Esse não é um dos filmes de que eu sempre reclamo com só gente branca, então já ganhou pontos comigo por isso. Além disso, o elenco é incrível e muito talentoso. Depois disso, só posso esperar que, se você não tiver assistido, corra para ver o mais rápido possível. Quatro estrelas e meia.
P.S.: Todas as imagens foram retiradas do site Screencapped.net

PEDACINHO DE OPINIÃO COM SPOILERS PARA QUEM JÁ ASSISTIU AO FILME.

domingo, 16 de agosto de 2015

10 citações de I wrote this for you

 I wrote this for you é oficialmente um dos livros mais esquisitos que já li. Não só por não ter o nome do autor definido, mas porque o formato é completamente diferente do que estamos acostumados a ler.
 Nas primeiras páginas, já dá pra saber que a ideia é que ele funcione como uma carta: ele foi escrito para alguém e essa pessoa é provavelmente a única que vai ler e entender o sentido original, todos os outros leitores vão ter que procurar uma forma de se identificar com a obra.
 E isso é muito interessante. Cada capítulo é um texto curto com uma foto, lembrando o modelo de post do Tumblr (essa foi a primeira coisa que pensei quando vi). É um livro super delicado e que faz com que todo mundo sinta uma empatiazinha porque é fácil se relacionar com o que está escrito.
 Por isso mesmo fica difícil simplesmente fazer uma resenha dele. Então, resolvi trazer as minhas frases favoritas da obra. Infelizmente, ainda não tem uma versão em português, mas torço para que uma editora descubra essa fofura literária e lance aqui pra que todo mundo leia.
  1. Talvez eu ainda seja o quebra cabeça, mas você ainda é as peças. ("Maybe I'm still the puzzle, but you're still the pieces")
  2. Eu fingi que tinha enlouquecido para poder te contar as coisas que eu precisava. Eu chamo isso de arte. Porque arte é a palavra que nós damos para os nossos sentimentos que se tornam públicos. ("I have pretented to go mad in order to tell you the things I need to. I call it art. Because art is the word we give to our feelings made public.")
  3. E todo mundo, em algum lugar, é alguém, se nós dermos a eles uma chance. ("And everyone, somewhere, is someone, if we only give them a chance.")
  4. Você é as melhores partes de todas as músicas que eu amo. ("You are the best parts of all the songs I love.")
  5. Esqueça o ar, eu vou respirar você. ("Forget the air, I'll breathe you")
  6. Há milhões de formas de sangrar. Mas você é, de longe, a minha favorita. ("There are a million ways to bleed. But you are by far my favourite.")
  7. Quando eu olho para o céu à noite, todas as constelações parecem com você. ("When I look up at night, all the constellations look like you.")
  8. Você constantemente procura por um sinal e quando um é lhe dado e você não gosta dele, você o chama de coincidência. Coincidências não existem. ("You constantly look for a sign and when it's given to you and you don't like the answer, you call it a coincidence. There are no coincidences.")
  9. Todos nós precisamos acreditar em filmes, às vezes. ("We all need to believe in moveis, sometimes")
  10. Domingo sabe que ela é o fim. Mas ela fecha os olhos e faz de conta com toda a força em seu pequeno coração que, na verdade, ela é a aurora. ("Sunday knows she's the end. But she closes her eye, and she pretends with all the strength in her tiny heart that really, she's the dawn.")

sábado, 15 de agosto de 2015

Vídeo: Quem é mais provável?


Trazer pessoas que amo muitíssimo pro canal tá com certeza na lista das coisas que mais gosto de fazer. É muito legal gravar com esses amorzinhos e deixa o vídeo com certeza mais divertido porque morri de rir enquanto editava.
 Pelo jeito o youtube acha que é fofura demais porque, mais uma vez, foi um vídeo cheio de amor mais com a imagem meio estranha (???). De toda forma, foi impossível não postar porque eu realmente gostei muito de fazer, então espero que vocês gostem de assistir também.
 Se alguém quiser fazer, essas são as perguntas:
1) Esquecer de desligar o fogão
2) Peidar em público 
3) Rir da própria piada 
4) Comprar coisas que não precisa 
5) Chorar com filmes tristes 
6) Ser preso 
7) Ser atropelado por um ônibus 
8) Se tornar famoso 
9) Fazer drama 
10) Ficar irritado com coisa pequenas e bobas 
11) Sobreviver aos jogos vorazes 
12) Ganhar o BBB 
13) Gritar com objetos inanimados 
14) Chegar atrasado 
15) Esquecer aniversários 
16) Chorar em público 
17) Casar por dinheiro 
18) Esquecer algo importante 
19) Rir no momento errado 
20) Assumir o controle em uma situação 
21) Cuidar do outro quando está doente

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Um montão de links #4

 Amo fazer posts dessa categoria porque sempre vou revivendo o mês com os links que seleciono pra colocar aqui. Tentei não fazer uma lista gigante e sairam 30 links, acho que tá bom, vai?
 Menos que isso seria quase perder um órgão vital.

Posts
  1. A Roberta, um amorzinho em forma de ser humano, criou um blog lindo durante o último mês, que tem posts maravilhosos sobre transição capilar e sobre a linda da Jout Jout
  2. E falando de blogueira amorzinho a Joicy fez um post muito legal sobre crescimento capilar
  3. Nicki Minaj e o incômodo com a mulher negra que fala, da Maria Clara Araújo para a Revista Capitolina
  4. Você não precisa ter inimigas, no Jornalismo de Mulher
  5. As dez técnicas mais usadas pela grande mídia para manipular a realidade, no Pragmatismo Político
  6. 13 coisas para se lembrar se você ama uma pessoa com problemas de ansiedade, no Tive Crise de Pânico
  7. Amamentação: Muito além do peito, da Carol no Tchulim
  8. Pai não é herói, pai é gente, da Stephanie no Chez Noelle
  9. 50 cadernos para você criar no Evernote, da Thais Godinho no Vida Organizada
  10. A calculadora mágica de publieditorial, da Loma no Sernaiotto
  11. Vamos esclarecer umas coisinhas, da Mari no Lugar de Mulher
  12. Em busca da foto perfeita no celular, da Adri no Pequena Vanilla
  13. Quatro dicas para sair do art block, da Juliana Rabelo
  14. Cuidados com a pele durante a gravidez, da Lu Ferreira no Chata de Galocha (realmente não sei por que leio tanto sobre gravidez, massss)
  15. Precisamos falar sobre gaslighting, da Cati Carpes no Lugar de Mulher
Vídeos
  1. Vamos falar sobre estupro?, da Vanessa Chanice
  2. As séries do Emmy 2015, com a Carol Moreira e a Aline Diniz
  3. As sete melhores aberturas de séries, do Pipocando
  4. Fotografia de bolso, da Sharon Smith
  5. Vegetarianismo e veganismo, da Melina Souza
  6. Piores coisas de morar sozinho, da Jessica Flores
  7. Dicas para ser uma pessoa mais feliz e positiva, da Sarah Belle [em inglês]
  8. Corpo e mente, da Victoria do Chiclete Violeta
  9. Como escrever quando você não quer escrever, do canal do NaNoWriMo [em inglês]
  10. Como planejar a sua viagem, da Luly Trigo
  11. Conhecendo a literatura chinesa, no Cabine Literária
  12. Meça suas correções, parça, do Cabine Literária
  13. Gay na China, é diferente?, no canal da Julia Jolie
  14. Primeira semana da NYFA, da Lully no Lully de Verdade
  15. Sobre Axolotls, da Marzia [em inglês]

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Resenha de quinta: Passarinha, da Kathryn Erskine



Coloquei esse livro na TBR da Maratona Literária sem muita pretensão. Eu precisava de um livro de drama para completar a lista e todo mundo estava falando bem dele, então as coisas se combinaram e acabei o acrescentando, mais por curiosidade do que por qualquer outra coisa.
 E ainda bem que fui curiosa e que tudo aconteceu ao mesmo tempo porque esse livro me ganhou desde as primeiras páginas e foi um dos melhores que li no ano.

ENREDO
 O livro fala sobre a Caitlin, uma menina de onze anos portadora de Síndrome de Asperger, que acabou de perder o irmão mais velho, Devon, em um ataque de atirador.
 O garoto era não só o melhor amigo dela, como também um peça importante no seu processo de adaptação e de conhecimento em como lidar com o Asperger. Sem ele, tanto ela quanto o pai se veem perdidos e tem que aprender a resignificar suas relações, enquanto lidam com o luto e com todos os sentimentos naturais de uma perda tão forte quanto essa.
 Ao mesmo tempo, sua orientadora tenta fazer com que ela possa desenvolver melhor suas habilidades sociais, com missões como fazer novos amigos, aproveitar o recreio (que, para Caitlin, é "a pior matéria") e desenvolver empatia, já que esse é o último ano dela na escola em que estuda no momento, no próximo ela vai para o colégio no qual seu irmão morreu.

NARRATIVA E RITMO DE LEITURA
 Um dos diferenciais do livro é que ele é narrado em primeira pessoa, então dá pra se sentir dentro da cabeça da Caitlin. É possível vê-la se incomodando com as cores, repetindo as regras sociais que aprendeu com seu irmão e fazendo "bicho de pelúcia", uma tática para lidar com o que a incomoda.
 Isso passa uma sensibilidade incrível e é um ponto de vista maravilhoso para ajudar o leitor a compreender o que realmente está acontecendo e como a personagem se sente em relação a essas coisas. 
 Como a narrativa se desenvolve inteiramente conforme os pensamentos de Caitlin, a leitura se torna mais produtiva e leve, apesar de sua enorme carga emocional. Ela é uma narradora engraçada e que tem uma visão diferente sobre tudo o que acontece.
 Outra coisa que acho louvável na escrita da autora é fazer sutis alterações na narração de acordo com a forma com que o modo que Caitlin pensa muda. Na sua busca por empatia, por exemplo, é possível ver a diferença na indicação da presença dos outros personagens que, com o passar do tempo, ganham mais importância.

DESENVOLVIMENTO DOS PERSONAGENS
 Esse é um dos livros em que os outros personagens recebem mais atenção do que uma simples apresentação superficial. Eles são mostrados como pessoas de verdade, que tem um papel na vida de Caitlin e que são afetados pelo modo com o qual ela os trata e com o que ela representa em suas vidas.
 Os colegas de classe e professores de Caitlin e a forma com que eles lidam com a sua síndrome e com um outro colega que tem espectro autista são explorados, assim como a adaptação do pai dela com a nova fase na qual ele já não pode mais contar com o auxílio de Devon e a relação de outras pessoas com as mortes causadas pelo atirador.
 Além disso, a própria Caitlin tem que passar pela sua busca pelo desfecho, que é a forma que achou para tentar superar a morte do irmão e seguir em frente sem sua presença.


OPINIÃO FINAL
 Esse livro aqueceu meu coração de várias formas diferentes, em muitos momentos. A narrativa é incrível, os personagens são maravilhosos e a Caitlin é, sem dúvidas, encantadora. Não há nada que tenha me deixado desapontada e que não tenha me dado vontade de ler o mais rápido possível.
 É uma história curta, que dá pra ler facilmente em um dia, mas que traz uma percepção diferente sobre muitas coisas da forma mais pura de todas. Todas as pessoas do mundo merecem ler e ter um pouquinho da sabedoria e de todos os ensinamentos que a Caitlin tem a passar. Cinco estrelas.

Vídeo: Fim da maratona literária


 Já faz um tempinho que a maratona acabou e que esse vídeo subiu, mas antes tarde do que nunca pro post sair, né? Eu já tinha falado um pouco sobre a TBR e algumas atualizações na fanpage durante um tempo, mas acabei nem falando sobre o wrap up* geral. 
 Demorei um pouquinho pra me envolver realmente com o projeto e ler tanto quanto queria porque escolhi uns livros errados para colocar na lista, saí mais com os meus amigos do que a meta permitia e ainda tive que lidar com a missão de ficar acordada mesmo com o friozinho maravilhoso que tava durante a maratona. Ou seja, o resultado poderia ter sido bem melhor.
 Mas, mesmo assim, fiquei satisfeita e li coisas maravilhosas, então já valeu super a pena.


*Wrap up é o termo usado, dentro do booktube, para nomear um vídeo/post com todas as leituras durante um período.