Desperdiçamos a experiência de assistir a um ótimo filme só para não irmos sozinhos ao cinema. Desperdiçamos uma saída com os amigos para reassistir o episódio de uma série nem tão legal por preguiça de levantar da cama e trocar de roupa. Desperdiçamos uma conversa que poderia ser muito interessante para chegar postagens de pessoas com quem nem nos importamos de verdade.
Desperdiçamos uma sobremesa deliciosa por medo de não cabermos na calça jeans recém-comprada. Desperdiçamos beijos com caras babacas por medo de falar com o moço bonito que nos chamou atenção.
Desperdiçamos a chance de fazer uma amizade duradoura porque a pessoa parece metida. Desperdiçamos uma ideia maravilhosa ao darmos ouvidos à sensação de que não vai sair como planejado. Desperdiçamos feriados na frente da televisão porque a viagem sonhada ia requerer dois meses de economia.
Desperdiçamos oportunidades raras que, uma vez que vão embora, não voltam. Desperdiçamos, às vezes, por estarmos no piloto automático e recusarmo-nos a abraçar uma chance de sair da rotina. Desperdiçamos conscientes do que estamos fazendo, mas fadigados demais para mudar a situação.
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